O novo sistema de classificação, que avaliará o estado dos ecossistemas às escalas local, regional e mundial e que foi anunciado no congresso mundial da IUCN de há quatro anos, estará concluído em 2025. O objetivo é que oriente as ações de conservação, auxiliando no planeamento do uso do solo e definição de prioridades em termos de investimento, ao determinar o risco de colapso de um ecossistema e da consequente perda dos serviços associados.
Em 2008 a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) anunciou a criação de um sistema de classificação dos ecossistemas análogo à Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas, que denominou Lista Vermelha dos Ecossistemas.
A Lista Vermelha dos ecossistemas deve ser encarada como uma nova ferramenta de Conservação. O objetivo deste sistema que classificará todos os ecossistemas marinhos, terrestres, de água doce e subterrâneos como “Vulnerável”, “Em Perigo” ou “Criticamente em Perigo” é orientar o planeamento do uso do solo e a definição de prioridades de investimento. Os ecossistemas serão classificados de acordo com o risco de colapso, calculado com base num conjunto de critérios definidos e aceites a nível internacional, e de consequente perda dos serviços de ecossistema associados.
Na prática os resultados da classificação da Lista Vermelha dos ecossistemas permitirão identificar os ecossistemas com risco de colapso baixo, que apenas precisam de ser geridos de forma sustentável, e os ecossistemas que, por estarem ameaçados, necessitam de ser alvo de restauração ecológica.
Por outro lado, a Lista Vermelha dos Ecossistemas também influenciará a implementação de acordos internacionais como a Convenção sobre a Diversidade Biológica e os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, que dependem da existência ecossistemas saudáveis como fornecedores de bens e serviços essenciais ao bem-estar humano.
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